O ano que não acabou
Ano passado seria o ano de descobertas Ou pelo menos é o que deveria ter sido Opressões fizeram as coisas bem incertas E no fim tudo acabou pelo medo consumido
Ano passado transmutei do meu casulo Mas não me libertei da minha imagem Por mais que tente fingir que isso é nulo É impossível não sofrer com a sacanagem
A fonte da ira é sempre uma injustiça E no caso não é nem questão de cabeça Porque toda sentença tem sido postiça
Mesmo com raiva e com essa visão bordô Só desejo que minha sanidade permaneça Porque o ano passado ainda não acabou
A ideia é fazer dois poemas sobre 2023, um da parte ruim, outro da parte boa. Como esperado, saiu primeiro sobre a ruim. Pelo menos essa odisseia virou um soneto. Coisa que eu não escrevia há um tempinho, ainda que sem métrica. O segundo sairá sem pressa. E não tão apegado à forma.
#paratodosverem a imagem contém uma mulher triste sentada, com algemas nos tornozelos e olhar perdido.
Arte Gerada pelo Bing Creator usando o seguinte prompt: “A blonde sad woman with ankle shackles, impressionism, van gogh style”